O guia definitivo de teste DISC que você precisa conhecer

Silvia Pahins

terça-feira, jan 31

Direto ao ponto e sem enrolação: o que você precisa para criar seu negócio como mentora na internet.

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Quem nunca passou por um teste de comportamento que atire a primeira pedra! O mundo corporativo se utiliza muito dessa ferramenta para avaliar as novas contratações. Então, caso você precise de uma metodologia para contratar melhor, evitar demissões ou, até mesmo, se autoavaliar e autoconhecer, está na hora de conhecer o teste DISC.

O objetivo destes testes não é, de forma alguma, rotular ou desclassificar o profissional: ele visa apenas definir em qual área de atuação ele se encaixa melhor.

O que é o teste DISC

O teste DISC é uma forma de avaliação bastante completa e muito utilizada no mundo todo. Incorporá-la aí na sua empresa, ajudará no processo de contratação de colaboradores ou mesmo na definição de cargos e tarefas.

O trabalho é realizado a partir de quatro perfis comportamentais: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade.

O principal objetivo é descobrir o perfil predominante, avaliar o comportamento das pessoas e entender o motivo para que tenham determinadas atitudes. Na prática, trata-se de um questionário, o qual deve ser respondido rapidamente e sem a utilização da razão, pois, se assim fosse, o resultado poderia ser mascarado pelo senso crítico.

Assim, é possível identificar o perfil profissional, a personalidade, detectar habilidades, descobrir pontos fortes e fracos, além de trabalhar as limitações e potencializar as qualidades.

É importante compreender que a personalidade é bastante complexa e, o teste DISC, não tem a pretensão de definir o comportamento de maneira engessada. A ideia é identificar o padrão que aparece com maior frequência, e que interfere, em maior grau, na tomada de decisões, interferindo nos resultados das atividades diárias e de longo prazo.

Como surgiu o teste DISC

Nascido em Saugus, Massachusets, EUA, em 1893, o advogado e pós doutor em psicologia Willian Moultol Marston, ficou conhecido pelas suas invenções, criações e descobertas. Como escritor e amante dos quadrinhos, deixou para a humanidade o clássico Mulher Maravilha. Já, no mundo das invenções, o polígrafo é seu maior legado.

Contudo, sua sede pela pesquisa e escrita, não poderia deixar o mundo sem colaborar com os futuros psicólogos e recrutadores. Embora, ainda não tivesse definido um teste, foi Marston, em seu livro “As Emoções das Pessoas Normais”, que defendeu a tese de que todas as pessoas revelam traços potencializados de um dos quatro perfis comportamentais.

O livro foi lançado em 1928, mas foi somente em 1950 que Walter Clarke se voltou para a teoria de Willin Marston e idealizou a primeira versão do teste DISC, o qual era baseado nas afirmações da obra.

Nesse primeiro momento, o teste apresentava uma série de adjetivos, os quais deveriam ser escolhidos pelos avaliados, dentro do grau de representatividade de cada um. Com o passar do tempo o teste DISC foi evoluindo e, hoje, conta com uma avaliação mais subjetiva, na qual o candidato deve escolher apenas uma alternativa, dentre duas ou mais opções.

A importância do teste DISC

Dentro de uma mesma empresa existem setores com necessidades diferentes. O teste DISC serve como um balizador para direcionar os colaboradores de acordo com o comportamento. Caso essas necessidades, juntamente com o padrão de comportamento, não sejam consideradas, existe a possibilidade de criar situações desfavoráveis apenas por um erro de avaliação. Mesmo que a organização não conte com áreas que atendam os quatro perfis comportamentais, é melhor dispensar o candidato pelo risco de não adaptação.

A contratação de um profissional que nada tem a ver com o perfil compatível com o cargo só gerará insatisfação, tanto para a empresa, quanto para o próprio profissional, que poderá sentir-se “incompetente” por não conseguir corresponder à expectativa que recai sobre ele.

Na verdade, não se trata de incapacidade ou falta de inteligência. As pessoas simplesmente se adaptam melhor a determinados trabalhos e não há problema nenhum nisso, embora essa característica não impeça o indivíduo de focar em seus pontos fortes e desenvolver os fracos.

E com as informações detectadas a partir do teste DISC, é possível identificar o perfil pessoal e explorar as qualidades, bem como trabalhar as possíveis limitações. Todo esse processo permite maior satisfação e produtividade. A realização profissional é uma simples constatação do alinhamento do trabalho com o perfil individual.

Portanto, pessoas que não se saem bem em determinadas atividades podem ser excelentes em outras. Daí a importância de conhecer o perfil comportamental antes de contratar.

Os quatro perfis comportamentais

São quatro os perfis comportamentais no teste DISC e, cada um apresenta uma tendência alta ou baixa.

Dominância — a forma como se lida com problemas, desafios e poder

  • Alta — Predominante em pessoas determinadas e que possuem clareza dos objetivos. Muitas vezes são consideradas egocêntricas, pois podem se importar menos com o que os outros pensam ou sentem. São exigentes, determinadas, ativas e trabalham com energia e afinco, a fim de conseguirem atingir as metas individuais. Possuem certa tendência ao empreendedorismo. Como era de se prever, são pessoas dominadoras, mas com características de liderança. Contudo, esse comportamento deve ser trabalhado para amenizar o egocentrismo.
  • Baixa — Essas pessoas apresentam maior ênfase ao conservadorismo, diplomacia, cuidados e moderação. Por outro lado, tem maior facilidade para trabalho em equipes e para ajudar o outro.

Influência – como se lida com pessoas e as influencia

  • Alta — São pessoas comunicativas e com grande capacidade de motivar os outros. Otimismo, entusiasmo e animação são as principais características do perfil comportamental de influência. Conseguem, facilmente, influenciar as pessoas para que sigam suas ideias, mas nem mesmo elas, costumam terminar os próprios projetos. Isso gera uma certa desconfiança perante a capacidade dessas pessoas cumprirem metas. Às vezes passam um ar de superficialidade e a tendência é que sejam emocionais.
  • Baixa — Já pessoas com ”baixa influência” possuem maior seriedade, ceticismo, racionalidade e reflexão. São pessoas mais reflexivas e analíticas, tendo maior facilidade com atividades que são executadas individualmente.

Estabilidade — como se lida com mudanças e segurança

  • Alta — Pessoas com ”alta estabilidade” conseguem conviver melhor com a rotina, com trabalhos mais calmos e que exijam paciência. São pessoas sistemáticas, persistentes e previsíveis. O que mais atrai as pessoas com esse perfil comportamental é a segurança e previsibilidade. Por outro lado, costumam não ter iniciativa e têm medo de mudanças.
  • Baixa — A ”baixa estabilidade” indica pessoas inquietas, impetuosas, enérgicas e progressistas. Ao contrário do perfil ”alto”, aqui a tendência é a busca pela mudança.

Conformidade — como se lida com regras e procedimentos

  • Alta — São pessoas que têm facilidades em cumprir regras e normas. As principais características para desempenhar uma função ou desenvolver um processo são: análise, método, disciplina e técnica. Gostam de começar e terminar bem uma tarefa, sempre de olho nos objetivos de cada atividade. Se você se considera uma pessoa perfeccionista, talvez seja complacente e possua as demais características. A maior dificuldade da conformidade é agir antes de encontrar a maneira correta de começar. O perfeccionismo pode levar a uma estagnação, pois a tendência é a busca pela perfeição antes de dar o próximo passo.
  • Baixa — Por outro lado, pessoas com ”baixa conformidade” costumam ser mais autoconfiantes, determinadas, independentes e até mesmo imprudentes. Aceitar regras e procedimentos impostos por outros para esse grupo pode ser um grande – e doloroso – desafio.

É importante destacar que todas as pessoas têm essas quatro tendências, embora uma ou duas delas costume ter maior ênfase. Dessa forma, não somos um perfil isolado, mas a soma de todas as nossas tendências de comportamento. E o resultado do teste se baseia na característica que mais se destaca no indivíduo.

Entretanto, é necessário ter em mente que a sua personalidade, de modo geral, não pode ser determinada por um único teste. Além do perfil comportamental dominante, nossas atitudes são mediadas por nossa maturidade, educação, ética, inteligência, experiências vividas e mais uma série de fatores.

É isso que faz com que cada um de nós seja único. Afinal, você não é exatamente igual às pessoas que apresentaram o mesmo resultado que você no teste DISC, correto? Em algumas coisas vocês vão discordar ou agir de formas diferentes. Portanto, trata-se de apenas uma das inúmeras ferramentas que levam a um melhor autoconhecimento.

Como funciona o teste DISC

Se você já está pensando em fazer o teste mas não sabe bem onde encontrá-lo, é necessário entender primeiro que, embora o seu criador seja conhecido, ele não tem um “dono”, alguém a quem você precise solicitar o direito de realizá-lo.

Os testes podem ser realizados tanto na forma escrita como através da tecnologia, por meio de softwares especializados na aplicação de testes de comportamento. As perguntas são respondidas rapidamente e intuitivamente, a fim de não dar tempo para que seja avaliado o teor das respostas. Afinal, a intenção é avaliar o seu comportamento instintivo, e não racionalizá-lo.

O candidato tem que responder questões ligadas a personalidade como gostos pessoais, visão individual, necessidades pessoais, opinião, formas de encarar a realidade, tipos de preocupações e preferências.

Por que investir no teste DISC – Benefícios

É claro que entrevistas e dinâmicas de grupo são eficazes na escolha de novos profissionais mas, muitas vezes, somente por esses meios não é possível detectar traços peculiares de personalidade que terão influência no desempenho do profissional.

Por outro lado, profissionais que são contratados para uma vaga que nada têm a ver com seu perfil tendem a desmotivar-se facilmente.

Ao procurar um coaching para auxiliá-lo na questão profissional, ele provavelmente aplicará o teste para constatar a origem da sua insatisfação. Na maioria dos casos, ela é derivada da incompatibilidade dos seus valores e princípios com os da empresa e do cargo.

Um teste comportamental traz alguns benefícios a curto e longo prazo. Quer conhecer alguns deles?

  • Você não precisará sair “atirando para todos os lados”. Foque em candidatar-se a vagas que combinem com você. Muitas vezes ficamos presos a uma empresa ou almejamos determinado cargo apenas pelo retorno financeiro que ele nos oferece. Essa atitude só faz com que nos sintamos frustrados e deprimidos. O ideal é buscar um trabalho que realmente nos motive, ou até mesmo empreender. Nunca é tarde demais para mudar de carreira, por exemplo.
  • Pessoas satisfeitas e motivadas produzem mais e geram melhores resultados. E essa satisfação também depende do quanto ela se identifica com as tarefas realizadas. Se você realiza um trabalho no qual não vê propósitosob qual alegação você vai animar-se a sair da cama todos os dias para ir para a empresa?
  • Você prefere ficar mudando de trabalho com frequência ou construir sua carreira em uma empresa que realmente o valoriza e reconhece seus esforços? Quando você tem um cargo que não corresponde ao que espera da vida, os riscos de desmotivar-se a ponto de “pedir para sair” são grandes. E mais do que isso: você e a empresa terminam frustrados.
  • Conhecer o seu próprio perfil fará com que você invista em áreas de formação compatíveis. É perda de tempo acreditar que o estudo fará com que seus interesses mudem. Novos conhecimentos podem até melhorar o seu desempenho, mas você jamais será excelente e feliz realizando um trabalho no qual não vê sentido.
  • Empresas que avaliam seus candidatos por meio do teste DISC tendem a compor as equipes de forma equilibrada. Se você já sabe qual o seu perfil, as chances de conseguir a vaga certa para você aumentam. Além disso, estando em uma equipe formada por perfis harmônicos entre si fará com que você também tenha um bom relacionamento com colegas de trabalho e superiores. Pode ser que o teste ajude a identificar a origem dos conflitos com determinadas pessoas.

Antes de fazer o teste, entretanto, esteja ciente de que não existe um perfil “melhor” que o outro. Trata-se de uma característica e não de algo que você deva esforçar-se para mudar. Trabalhar os pontos fracos é válido, querer dar uma reviravolta em sua personalidade, jamais.

Todos nós temos características das quais não gostamos ou pontos fortes que não temos e admiramos em outras pessoas, mas o que seria do mundo se fôssemos todos iguais?

Todos os tipos de perfis comportamentais possuem características favoráveis e desfavoráveis ao sucesso, aliás, o conceito de sucesso pode ser diferente de um para outro. Portanto, cada perfil tem melhor desempenho em determinado setor, mas não existe um que seja totalmente perfeito ou errado.

Também não é seguro mensurar suas relações pessoais por meio dos resultados do DISC. O insucesso de uma amizade ou casamento, por exemplo, não ocorre apenas porque as pessoas apresentavam perfis comportamentais diferentes. Relacionamentos pessoais envolvem uma série de outros sentimentos e atitudes determinantes: o teste DISC é eficaz para ajudá-lo na vida profissional. E ainda assim, não é determinante.

Como podemos ver, o comportamento humano é um campo muito complexo e jamais encontraremos um resultado exato que justifique todas as nossas atitudes. Somos humanos e, muitas vezes, agimos movidos por emoções: nenhuma atitude ou reação é totalmente previsível.

Se você gostou do conteúdo e entendeu a importância da aplicação do teste DISC para entender o seu perfil comportamental, ou se você possui alguma dúvida sobre testes comportamentais e assuntos relacionados, deixe um comentário logo abaixo! Vai ser uma honra saber que está apreciando nossas postagens. Além disso, você pode aproveitar a oportunidade para baixar o nosso e-book, que traz informações preciosas para você que está pensando em mudar de carreira.

Escrito por

Sílvia Pahins

Especialista em Negócios Digitais
Fundadora do Instituto ECP


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